Estomatite
A estomatite pode cursar com rubor e intumescimento da mucosa oral, ou com úlceras discretas, dolorosas (únicas ou múltiplas). Menos comumente, lesões esbranquiçadas se formam e, raramente, a boca se apresenta normal (síndrome da boca ardente) a despeito dos sintomas significantes. Os sintomas prejudicam a alimentação, às vezes resultando em desidratação e má nutrição. Às vezes ocorre infecção secundária, sobretudo em pacientes imunocomprometidos.
ETIOLOGIA: A estomatite pode ser causada por infecção local, doença sistêmica, irritantes físicos ou químicos ou reação alérgica muitos casos são idiopáticos. Como o fluxo salivar normal protege a mucosa de muitos distúrbios, a xerostomia predispõe a boca a manifestar estomatite de qualquer causa. Essa patologia se torna muito presente em idosos portadores de próteses dentárias desadaptadas.
AVALIAÇÃO: A história da doença atual deve abordar a duração dos sintomas e se o paciente já os havia apresentado previamente. Presença e gravidade da dor devem ser notadas. Investiga-se a relação dos sintomas com alimentos, medicações, materiais de higiene bucal (p. ex., pasta de dente, enxaguantes bucais) e outras substâncias (especialmente exposição ocupacional a substâncias químicas, metais, vapores ou poeira). A revisão dos sistemas busca sintomas das possíveis causas, incluindo diarreia crônica e fraqueza (doença inflamatória intestinal, doença celíaca); lesões genitais (doença de Behçet, sífilis); irritação ocular (doença de Behçet); perda ponderal, mal-estar e febre (doença crônica inespecífica). A história clínica anterior deve investigar condições conhecidas que provoquem lesões orais, como herpes simples, doença de Behçet, doença inflamatória intestinal e fatores de risco de lesões orais, incluindo estados imunocomprometidos (p. ex., câncer, diabetes, transplante de órgãos, uso de imunossupressores, infecção pelo HIV). O uso de quimio ou radioterapia para tratamento de câncer deve ser investigado. A história de fármacos deve incluir todos os fármacos usados recentemente pelo paciente. História de tabagismo deve ser verificada. O comportamento social deve ser avaliado quanto aos contatos sexuais, especificamente sexo oral, sexo desprotegido e relações com múltiplos parceiros.
EXAME FÍSICO: Os sinais vitais são inspecionados para febre. O estado geral do paciente é observado, atentando para letargia, desconforto ou outros sinais de doença sistêmica significante.
TRATAMENTO: O tratamento sempre deve ser dado por um cirurgião Dentista, podendo ou não incluir o uso de
antibióticos e anti-inflamatórios.
(Cada paciente possui suas individualidades, portanto o tratamento pode sofrer alterações mesmo
quando se trata da mesma patologia, o mais indicado é procurar um Cirurgião Dentista da sua
confiança.)